A privatização de empresas de serviços essenciais está no centro dos debates do Brasil atualmente. Ao longo dos últimos anos, o Sindicato dos Urbanitários (Sintius) vem apontando que esse modelo coloca em risco a segurança e a soberania do País. Além disso, tem se mostrado um fracasso em razão da majoração excessiva das tarifas, da falta de investimentos para atender adequadamente a população e dos constantes problemas no atendimento aos consumidores.
Recentemente, o jornalista Rafael Rodrigues, do Jornal Opção, fez um comparativo interessante entre a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), que é controlada pelo Governo do Estado, e a Companhia Energética de Goiás (CELG), que foi privatizada em 2017.
A experiência de ter passado a distribuição de energia nesse estado do Centro-Oeste para uma empresa privada se mostrou um fracasso em razão das queixas constantes da população. Inicialmente, ela foi comprada pela Enel, que, em 2022, a revendeu para a Equatorial. A mudança também não resultou nas melhorias esperadas.
"A privatização da CELG resultou em aumentos significativos nas tarifas de energia elétrica para os consumidores, sem necessariamente melhorar a qualidade do serviço prestado. Além disso, essa medida levou à demissão de milhares de trabalhadores, contribuindo para o aumento do desemprego em Goiás", afirmou o jornalista.
Anualmente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulga um ranking com o resultado dos serviços prestados. Em 2023, a empresa de Goiás ficou em último lugar dentre as 29 companhias avaliadas no País.
Por outro lado, a Saneago segue investindo nos serviços de saneamento, o que contribui para o desenvolvimento social e econômico de Goiás. "Ao garantir o acesso universal a serviços básicos de saneamento, a empresa contribui para a melhoria da saúde pública, o aumento da produtividade e a redução das desigualdades sociais", destacou Rodrigues.
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