A Diretoria do Sindicato dos Urbanitários (Sintius) esteve presente no lançamento da Frente Parlamentar contra a Privatização da Sabesp instalada na Assembleia Legislativa, na noite da última terça-feira (31).

O auditório Teotônio Vilela ficou lotado de trabalhadores, lideranças de entidades que representam os empregados da estatal e integrantes da classe política contrários à venda da companhia para a iniciativa privada.

Deputados estaduais, vereadores, sindicalistas e especialistas da área de saneamento deixaram claro que a Sabesp não pode ser encarada como um negócio.

A companhia desperta o grande interesse do mercado por ser muito lucrativa. No ano passado, a Sabesp obteve um lucro de R$ 2,3 bilhões - aumento de 137% em relação ao ano anterior.
Há o entendimento que a principal preocupação do governo paulista deve ser o cumprimento das metas do Marco Civil do Saneamento para a oferta de água e esgoto tratado à população do Estado.

Segundo essa legislação, até 2033, 99% das residências terão de ser ligadas à rede de água tratada e 90% das moradias deverão ter acesso à rede de esgoto, igualmente tratado.

A frente parlamentar será coordenada pelo deputado estadual Emídio de Souza (PT) e terá a participação de apenas um parlamentar que tem base territorial na Baixada Santista e no Vale do Ribeira: Caio França (PSB).

Atuação regional

O presidente do Sintius, Jair Álvaro da Silva, afirmou que, desde o ano passado, a Diretoria da instituição tem dialogado com os representantes das câmaras municipais da Baixada Santista e do Vale do Ribeira para alertá-los sobre os possíveis prejuízos com a privatização da Sabesp.

Todos os legislativos que abriram diálogo com o Sintius já aprovaram moção de repúdio contra a venda da empresa pública.