A CPFL Piratininga convocou uma reunião extraordinária do Programa de Requalificação Profissional para apresentar aos sindicatos uma proposta de mudança nessa iniciativa.
A apresentação das possíveis modificações idealizadas pela empresa ocorreu na manhã desta quarta-feira, dia 23, durante uma videoconferência.
Segundo a companhia, as medidas sugeridas têm o objetivo de atrair mais trabalhadores para esse programa, assim como desburocratizar o acesso.
Uma das ideias apresentadas é que o programa passe a bancar cursos de curta duração e de pacote office (teto de R$ 3 mil). Por outro lado, não serão custeados mais os cursos de transporte, Ensino Médio e informática básica.
Além disso, o valor para seminários e palestras será reduzido de R$ 6 mil para R$ 3 mil. O reembolso está limitado a uma vez por ano para o participante.
A proposta prevê ainda que o programa não vai mais ressarcir os trabalhadores que fazem cursos de idiomas com um professor particular.
O período de inscrições deixará de ser mensal e passará a ser semestral para os cursos de longa duração. Para os de curta duração e seminário, será trimestral.
Após o término dos cursos de graduação, tecnológo, pós-graduação e técnico, a pessoa ficará um ano sem poder solicitar novos subsídios de longa duração.
Pela proposta apresentada, os cursos de graduação e tecnológos passam a ser pagos a partir do primeiro semestre.
Reivindicações
Algumas das propostas apresentadas pela CPFL Piratininga foram alvo de críticas pelos sindicatos, como o funcionário não ter medidas disciplinares há seis meses como um dos pré-requisitos exigidos para participar do programa.
A intenção do gestor responder a um questionário quando o trabalhador solicitar o ingresso na requalificação profissional também foi questionada, pois há o receio que um posicionamento do gestor possa impedir, de fato, o acesso dos trabalhadores à iniciativa.
Houve também a sugestão para que um dos critérios de desempate seja o fato de o funcionário ser sindicalizado.
O tema voltará a ser debatido em uma nova reunião virtual com os sindicatos no próximo dia 2, às 14h.
Pontos positivos e negativos da proposta dentro do contexto.
Positivos:
1) Graduação atendido já no primeiro semestre;
2) Fim da assinatura do gerente mês a mês, que por vezes ocasionava o reembolso em atraso;
3) A reivindicação do Sintius quanto ao reaproveitamento dos trabalhadores que utilizaram o subsídio.
Negativos
1) Interferência no processo pelos gestores;
2) Mudança das reuniões para semestrais, quando o ideal seria, no mínimo, trimestral;
3) Falta definição quanto aos critérios de fiscalização dos documentos.