O Sintius e demais sindicatos que representam os trabalhadores da Cetesb aprovaram a nova proposta do Programa de Participação dos Resultados (PPR) que será implantada neste ano. As novas definições foram apresentadas na manhã da última quarta-feira, dia 22, em São Paulo.

Os termos apresentados já foram aprovados pela Diretoria e pelo Conselho de Administração da estatal, mas ainda dependem do aval da Comissão de Política Salarial (CPS) e do Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), órgãos vinculados ao Palácio dos Bandeirantes.

Com o sinal verde da CPS e do Codec, a expectativa é que os termos do acordo sejam assinados pelos sindicatos em julho deste ano. As 11 metas serão monitoradas e divulgadas trimestralmente para o devido acompanhamento - veja mais detalhes na tabela.

Tabela de Metas da PPR 2017

Conforme a empresa, o novo modelo de PPR tem o objetivo de o programa ser autossustentaável, ou seja, que esse benefício esteja atrelado à “dedicação, esforço e superação dos funcionários”. Por esse motivo, foi estabelecida uma meta vinculatória obrigatória, atrelada ao indicador econômico-financeiro.

Na prática, isso significa que a PPR somente será distribuída aos funcionários mediante cumprimento de, no mínimo, 70% das metas. Os valores a serem pagos variam de 70% a 100% da folha de pagamento de dezembro deste ano.

A única ressalva dos sindicatos se refere ao ponto 11 da PPR, que trata da contratação de pesquisa de opinião sobre a balneabilidade das praias, porque isso independe do empenho dos trabalhadores. Para que essa marca seja atingida, foi estabelecido que a elevação do percentual de usuários da Baixada Santista que costumam se informar sobre a balneabilidade passe de 29,74% para 35,83%.

Plano de carreira

Mais uma vez, o Plano de Carreira dos funcionários ficará somente no papel. A decisão foi alvo de protestos do Sintius e das demais entidades de trabalhadores, porque os empregados deixam de receber a justa valorização pela evolução profissional e/ou de competências.

O Departamento Econômico-Financeiro da Cetesb justificou que não seria possível aplicá-lo em 2017, porque o déficit no orçamento da estatal para este ano é de R$ 54,253 milhões. Se o Plano de Carreira fosse aplicado, a empresa teria um aumento de gastos na ordem de R$ 7,5 milhões.

Equipe de Direção da empresa, sindicalistas e CRF que discutiu a PPR 2017 em reunião